Estas notícias fazem arrepiar-me:
Uma investigação da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED) concluiu que existiu um crime de tortura perpetrado por agentes da Polícia Judiciária sobre Leonor Cipriano, condenada pela morte da filha Joana, em Portimão.
Segundo o relato de Leonor Cipriano, os inspectores da Polícia Judiciária colocaram dois cinzeiros de vidro no chão e obrigaram Leonor a ajoelhar-se sobre eles.
“Não permitiam que ela se levantasse até confessar. Leonor relata as dores de ter permanecido horas naquele estado” e mostrou ao jurista da ACED “as cicatrizes nos joelhos”.
“Constatando a inutilidade do procedimento, os inspectores da PJ sentam Leonor numa cadeira e metem-lhe na cabeça um saco de plástico verde, de supermercado. Aos gritos, tentando forçar uma confissão falsa, os inspectores começam a agredir Leonor na cabeça com um tubo de cartão duro, utilizado normalmente para enviar documentos enrolados por correio. O tubo, bastante duro, e manuseado com bastante força contra a cabeça de Leonor, provocou-lhe hemorragias que desceram até aos olhos”, prossegue o documento.
Leonor Cipriano contou que, “se tentasse tirar o saco da cabeça, era imediatamente agredida nas mãos. Os inspectores gritavam sempre que ela só sairia dali viva se confessasse. Alternavam estas agressões físicas com outras formas de tortura. De vez em quando levantavam Leonor, algumas vezes mantendo o saco, outras sem o saco. Quando em pé, começavam a lhe dar fortes socos e pontapés nos lados das costas”.
Tenho legitimidade para perguntar: "será que ela é mesmo culpada?"
Qual a legitimidade deste interrogatórios? Isto é comparável aos tratamentos VIP dos Mac Cann?