Modernismo de hoje, possíveis problemas de amanhã.
Este seria um título hipotético que eu atribuiria a esta notícia.
“A regulamentação da lei que vai enquadrar a procriação medicamente assistida, aprovada há um ano, vai ser, finalmente, publicada no próximo mês. Acaba, assim, um vazio legal que dura há 20 anos, mas que não impediu que, em centros públicos e privados por todo o país, se praticassem as mais modernas técnicas para ajudar os casais com problemas de infertilidade. Com o fim deste limbo legislativo, pode também avançar o primeiro banco de espermatozóides e ovócitos do país. A Universidade do Porto tem tudo pronto para arrancar com o projecto.”
Sem dúvida que a lei é fundamental, pois muitos são os casais que necessitam recorrer a esses métodos para poderem ter o seu filho. Ainda bem que a ciência genética tem vindo a poder apoiar esses casais. No entanto outros riscos menos eticamente correctos podem surgir. Por exemplo o risco do negócio...
“Cândido Tomás director da Ava Clinic garante que, em 85% das dadoras, a principal motivação é o altruísmo e a vontade em ajudar um casal infértil a ter um filho. As compensações financeiras que dão variam, afirma, entre os 700 e os 800 euros. De acordo com outros especialistas contactados pelo DN, esse valor pode ainda chegar aos mil euros, valores, aliás, próximos dos que são pagos na vizinha Espanha, onde a prática de doação está muito mais disseminada.
A AVA Clinic explica não ter, até ao momento, grande dificuldade em recrutar dadoras. Contudo, essa não é a expectativa do sector, a partir do momento em que for regulamentada a lei. Em Espanha, por exemplo, as dificuldades de recrutamento levaram mesmo a campanhas em campus universitários. Locais onde, aliás, nos Estados Unidos existe quase uma "caça" ao óvulo. “
Daí o meu título...