Formatação: Simone P. Rodrigues
Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efémera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranquilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença.
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos para trás. E então nos perguntamos: E agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efémera, ainda está em nós. Pense!... Não o perca mais!...
Autor do texto: Letícia Thompson Imagens: www.gettyimages.com
bonito post
Pois é, temos um mundo de oportunidades que na maioria das vezes, levados por um egoísmo desenfreado, acabamos por desperdiçar. Felizmente que há sempre um novo dia pela frente e nunca é tarde de mais para começar de novo.
De
Joana a 19 de Abril de 2007 às 21:44
Lindo lindo lindo...
Estou sem palavras... Mas a reflectir no que acabei de ler...
Já estava com saudades de visitar este espaço... :)
Boa tarde!
Entrei aqui por acaso. Gostaria de informar que o texto Vida Efêmera (na realidade batizado Efêmero por mim mesma) é de minha autoria. Peço a gentileza de substuírem o "desconhecido" por Letícia Thompson.
Abraço agradecido e uma bela tarde!
Letícia
De Samuel Machado a 11 de Outubro de 2009 às 01:59
Lindo post ! De fato devemos aprender a viver a vida com mais integridade, tendo em vista que num piscar de olhos... passaremos, assim como muitos já passaram pela Terra.
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