O facto da semana:
«[…] A visita do Papa à Universidade de La Sapienza, em Roma, foi cancelada pelo Vaticano devido a protestos de professores e alunos que acusaram Ratzinger de “reaccionário” e “obscurantista”. […]
Esta é a primeira vez que o Papa cancela uma visita devido a protestos, desde que iniciou o seu mandato em 2005. A agitação começou quando sessenta e sete mestres da Universidade La Sapienza argumentaram, em texto divulgado, que o Pontífice é “reacionário” e “obscurantista” em assuntos científicos, referindo-se a um discurso de 1990 no qual o então cardeal Joseph Ratzinger citou o filósofo Feyerabend para dizer que “o veredicto contra Galileu foi racional e justo”.
Fonte Internet
Algo está a mudar na sociedade, o Papa já não é visto como fonte de verdade... Parece-me que algo tem de mudar neste modelo de Igreja, Católicos ou não, o Papa já não é aquilo que foi noutros tempos... Não sei se é pior, isto claro na minha singela interpretação dos sinais...
Bom fim de semana!
As verdades tem de ser ditas, doa a quem doer. Mas sem dúvida que me doem principalmente a mim!
Comento hoje o novo documento emitido pela Sua Santidade Papa Bento XVI intitulado exortação apostólica Sacramento à caridade. O Papa explicita aspectos que segundo diz “podem “despertar na Igreja novo impulso e fervor eucarísticos” “A Eucaristia é por excelência «um mistério da fé»”. “E a fé da Igreja é essencialmente uma fé eucarística e alimenta-se, de modo particular, à mesa da Eucaristia”(6). Nela “Jesus não dá ‘alguma coisa’, mas dá-Se a Si mesmo” (7), recordando-se essa doação, a novidade dessa Nova Aliança, em cada celebração (9). Ela é “constitutiva do ser e do agir da Igreja” (15). Nada a acrescentar aqui, mas duvido que com esta linguagem se desperte impulsos e fervor...
Volta a “acenar” com o celibato dos sacerdotes, como se a vida sexual fosse algum impedimento na doação para os outros... Acho um disparate total, mas é uma opção que é tomada de forma consciente como tal nada tenho a acrescentar...
Volta a relembra a proibição na comunhão para os casais re-casados “porque o seu estado e condição de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja que é significada e realizada na Eucaristia” Isto é caridade??... Tantos casamentos são anulados pela Igreja de forma legal que são muito discutíveis. Então se esse casal se ama de verdade e que por infortúnio da vida já é divorciado fica afastado de Jesus vivo?
Volta a sugerir o Latim e o canto gregoriano em certas partes da eucaristia, mas só nas grandes cerimónias que atraem católicos de diferentes países. Apela para a moderação nos cânticos e no abraço da paz. Nas memórias que recordo do Papa João Paulo II quando esteve em África e numa missa animada com os cânticos tribais. Sou monitor de Jovens, e não duvido que uns cânticos mais ritmados na medida da espiritualidade que os Jovens tem, ajudam a interiorizar mais os Jovens do que o cântico gregoriano??!! Não será correcto adaptar a Eucaristia ao sinal de festa e dádiva para os outros? Então para que servem as festas que o catecismo recomenda não são para dar um espírito festivo ás celebrações?...
Para Bento XVI não basta ir à missa e cumprir todos os preceitos, é necessário que "todos os baptizados" dêem um "testemunho público" da sua fé. Sem dúvida, mas testemunho de tristes, oprimidos, sem raciocínio lógico, sem opinião própria? Ou queremos testemunhos de Católicos inteligentes, que assumem a sua Fé e alegres por seguir Jesus?
Hoje estou triste, desiludido, onde está o espírito renovador do concílio Vaticano II? Assim não!... Algo vai ter mudar... Mas isto não tem nada de caridade.