Não ponho aqui em questão as graves crises que existem entre casais que não podem divorciarem-se porque um dos cônjuges não quer, e geralmente é essa parte que maltrata a outra...
No entanto numa altura em que os casamentos estão em crise, talvez por moda ou por falta de assumir a relação, fico perplexo em ver tão poucas medidas para apoiarem as famílias com filhos que cada vez mais vivem de dificuldades financeiras em Portugal...
Como sobrevive uma sociedade sem filhos? È possível educar filhos sem uma relação sólida e estável num casal?
Medidas de apoio á família: urgente!
Bom fim de semana!
Esta é a semana da vida, promovida pelo Departamento Nacional da Pastoral da Família.
Recorde-se que esta iniciativa foi proposta inicialmente por João Paulo II em 1991, que pretendia convidar toda a Igreja celebrar, num dia durante o ano, o dom da vida. A Conferência Episcopal, através da Comissão Episcopal do Laicado e da Família, decidiu que, em Portugal, se faria uma semana da vida. Este tem sido um acontecimento que tem marcado a vida da Igreja desde então.
Através dos vários movimentos existentes, tem sido realizadas algumas actividades que visam em fomentar, e destacar os valores da vida em família desde o nascimento até ao fim. Existe, entre outros, um portal brasileiro com temáticas relacionadas á família bem interessante aqui.
Este caso de paternidade, que as televisões tem relatado tem me levado a reflectir sobre a justiça e as famílias. Por um lado temos um homem que teve um caso com uma senhora e que nunca mais soube (quis saber) sobre a possível gravidez da mãe, por outra uma família que acolhe e vai criando a criança como se fosse filha.
A justiça dá razão ao Pai biológico em detrimento do Pai adoptivo. Mas e para a criança quem é Pai?...
Questões do tempo moderno.... Que pouca felicidade trazem....
Bom fim de semana.
Hoje divulgo aqui um artigo de Fernando Castro, que vi na agencia ecclesia e que me faz reflectir nomeadamente no contraste de termos que apertar o sinto em troca de um TGV... È óbvio que o País não pode perder o comboio Europeu, mas porque razão a nível de vencimentos e de nível de vida, continuamos a ser o País atrás de todos?...
O orçamento 2007 é fortemente restritivo, o que é compreensível. Como todos sabemos, ninguém pode (ou deve) gastar mais do que ganha, e há muito tempo que o país gasta acima das suas possibilidades.
Como tem sido anunciado pela comunicação social, estas restrições atingem quase todos os ministérios, designadamente o da Saúde, que terá que, nomeadamente, aumentar as "taxas moderadoras" para conseguir um equilíbrio financeiro. Mas, ao mesmo tempo, está fortemente empenhado em gastar mais 20 milhões de euros no financiamento do "aborto a pedido", enganosamente embrulhado em "despenalização da interrupção voluntária da gravidez".
Como também não é compreensível que, em altura de justificadíssima austeridade, em que se pede (e se impõe) sacrifícios às famílias portuguesas, se continue em insistir em obras faraónicas como o TGV e o aeroporto da OTA! Como é que, numa família, se compreenderia a necessidade de se apertar o cinto ao mesmo tempo que o pai adquire um carro novo topo de gama? Não seria muito mais barato e útil, contribuindo-se de forma mais eficaz para o tão propagandeado aumento da produtividade, investir-se seriamente nos transportes urbanos e suburbanos, onde milhões de horas são consumidas diariamente pelos portugueses? Quem é que vai usar o TGV, mais lento e com bilhetes mais caros que o avião? Não sabemos quem vai usar, mas sabemos quem vai pagar: todos os que não o vão usar…
Com este orçamento, finalmente acabou-se a discriminação fiscal dos casados relativamente aos solteiros! Finalmente, os portugueses deixam de pagar mais imposto por se casarem! No entanto, mantém-se a fortíssima discriminação relativamente aos divorciados, que podem deduzir até 6.500 Eur por filho. Ora, uma vez que, infelizmente, o número de divórcios já é metade do número de casamentos, surge a natural pergunta: porque não permitir-se uma dedução de 3.250 Eur por filho independentemente do estado civil? Não seria uma medida justíssima, sem qualquer impacto no Orçamento do Estado?
O ano de 2007 não vai ser mesmo nada famoso para as famílias portuguesas. Para além das medidas restritivas deste Orçamento, temos a continuação do aumento das taxas de juro, fazendo disparar as prestações da casa e, ainda, o anunciado aumento dos bens de primeira necessidade, como é o caso da electricidade!
Enfim, não vai ser fácil! Vai ser altura de apertar o cinto, mas também será uma excelente oportunidade para darmos mais valor aquilo que "não tem preço": o tempo, atenção e amor que podemos e devemos dedicar ao mais próximo, a começar por quantos fazem parte da nossa família!