Duas notícias no mesmo jornal (JN) deixaram-me intrigado...
A primeira refere-se a que desde o início do ano e até à data, foram apreendidos pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) cerca de 32 mil exemplares livros fotocopiados, (...). No caso das fotocópias, as apreensões registaram-se sobretudo em reprografias perto das universidades ou até nas próprias instituições de ensino.
A maior parte das cópias apreendidas correspondem a edições técnicas da área de Medicina, Enfermagem e Direito, não só de editoras estrangeiras, mas também de várias portuguesas. Bruno Pacheco, secretário-geral da União dos Editores Portugueses e da Associação de Gestão da Cópia Privada, considera que "o problema é muito grave no caso dos livros técnicos", sobretudo devido às instituições de ensino prevaricadoras e às casas de fotocópias que lhes são próximas.
A segunda que o abandono escolar diminuiu apenas 0,1% nos últimos 10 anos em Portugal, contrariamente ao que se passou na União Europeia (UE),em que a redução foi de 4,6%. Os números, retirados do Eurostat, mostram, igualmente, que a percentagem de população adulta envolvida em acções de formação-educação diminuíram entre os anos 2000 e 2005, também ao contrário do que sucedeu na UE.
Por um lado faz-se uma “caça à bruxa” porque os alunos fogem aos manuais escolares, nomeadamente os técnicos que custam autênticas fortunas, por outro lado temos alunos que abandonam a escola em idades precoces, muitos por dificuldades financeiras das famílias. O que faz o estado para ajudar verdadeiramente as famílias para suportar os filhos estudantes? Não se entende, nasci e cresci num País em que os meus Pais não pagaram um tostão para adquirir nenhum livro, País esse que tem um rendimento per capita bem superior a este...
Nós por cá fazemos a caça ás fotocópias!!...